domingo, 29 de junho de 2008

Hora do conto:

O Felizmino do templo

Era uma vês em tempos muito idos, na altura em que as coisas que agora são velhas eram novas, ali prós lados daquelas terras que entretanto caíram para debaixo do mar e agora tão a fazer blup blup (sim, porque todas as coisas que respiram quando vão para debaixo de àgua fazem blup blup (pelo menos durante uns tempos)) e ninguém tem bem a certeza se existiram mesmo, houve um jovem chamado Felizmino.

O pequeno Felizmino todos os dias acordava com a sua bananinha enrijecida e pensava para si próprio “Ai que mau monge sou! Sou um depravado! Tenho de me tratar! Deus-do-mundo-que-se-vai-afundar, dai-me forças para não cair em tentação!”.

Todas as manhãs, quando o Felizmino chegava à Escola Religiosa de Padres Espíritas e Samaritanos (ERPES) eles cantavam a música do bom dia em canto lírico acompanhado do som de um triângulo tocado por um miúdo maneta que não sabia cantar:

“Vamos passar de uns prós outros
A mensagem dele!
Todos as querem
Mas só nós as temos.
No cinto e na cara,
Mostramos com orgulho
As insígnias da ERPES!
Viva ERPES!”

- Bom dia a todos e bem vindos a mais um semestre naquela que é a única escola com DSTs (Doutoramento em Siências Teológicas) – dizia o professor com ar feliz.

- Bom dia! – respondiam os alunos orgulhosos de fazerem parte de tão importante grupo.

- Tenho a proposta do novo projecto para vocês! Este semestre vamos trabalhar em pareceria com a fábrica de casas flutuantes que está a ir à falência a ver se lhes gastamos os fundos e eles falem de vez! Temos por isso que representar os problemas de afundamento da ilha de Atlântida através de um projecto em folhas de coqueiro! Que são o desperdício que sobra de fazer as casas flutuantes com coqueiros. Para vos ajudar vão ter palestras com os professores do departamento de SIDA (Siências Internacionais de Domesticação de Antílopes).

Continua...

4 comentários:

oh, monossílabo disse...

Não sei se quero que continue. É um bocado perturbador.

tombocai disse...

oh... ninguém gosta da minha história... :(
parece q ninguém entendeu as mensagens subliminares...

Anónimo disse...

Entendemos as mensagens subliminares, que são mais uma razão para não querermos que continue.... -__-

Erškėtis disse...

hum... se és feliz assim, continua, não significa que leia o resto da história. he he